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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O que OS X Lion traz de bom para usuários comuns, músicos e produtores.

Músicos e produtores prudentes, nunca atualizam seus setups logo que um novo software surge. Ainda mais se este software for um sistema operacional.

Pois bem, passados já quase dois meses do lançamento do OS que dá vida aos Macs, vale mesmo apena o upgrade? Posso atualizar sem medo, e tudo vai continuar funcionando?

Para responder estas perguntas eu atualizei meu setup e estou postando minhas impressões.

O primeiro ponto que torna o upgrade muito atraente é o preço: $29,99 (R$ 48,00 no dia 20/7) por um puta sistema operacional é um atrativo e tanto! Mas no mundo da produção preço não é tudo, e upgrades nem sempre são sinônimos de aumento de produtividade (diga os editores de vídeos ao migrarem para o Final Cut Pro X), logo é bom ter cautela, mesmo se tratando de uma empresa de reputação como a Apple.

Um outro ponto atraente neste upgrade, é que não é necessário formatar o disco rígido. Isso poupa um trabalhão de backup; mas também cria duvidas sobre como ficará o desempenho após a instalação e coisas do gênero.

O sistema em si também trás muitas vantagens tanto sob como sobre o capô: Mission Control, app em full screem, lauchpad e várias outras melhorias na utilização que tornam o leão superior ao leopardo das neves.

Então já dá pra perceber que o upgrade é cheios de vantagens, mas também levanta dúvidas e a internet está cheia de opiniões frenéticas e outras aterradoras sobre o resultado da instalação do OS X Lion.

Vale lembrar que o que escrevo aqui foi o resultado do acontecido com minha máquina, um Mac Mini early 2009. Logo o resultado pode variar bastante para outros usuários.

Fiz o upgrade do jeitinho a que a Apple queria: comprei na Mac App Store, instalei sobre o Snow Leopard, reiniciei, baixei umas coisas que o novo sistema pediu (basicamente o java algumas correções para alguns aplicativos como o Safari) e após alguns minutos meu Mac estava protinho para usar, com todos os meus arquivos e aplicativos quase intactos.

No visual nada que o Snow já não fosse, a não ser pela surpresa estranha: rolar as janelas ficou ao contrário. No começo é estranho, mas logo se acostuma e vê que é o mais coerente. Isso aconteceu principalmente por não usar touchpad, mas sim um mouse normal. E já fica logo o aviso: sem magic trackpad o Lion fica capenga. Para se ter um uso pleno do sistema, os gestos agora são fundamentais.

As novas ferramentas Mission Control, lauchpad e coisa tal são plenamente aproveitados somente com o magic trackpad. Meu uso com mouse normal deixa claro que o sistema está a frente, e o uso continua idêntico ao Snow Leopard. Bom para os ortodoxos, que não terão curva de aprendizagem, e ruim para os que gostam de novos aprendizados e possíveis melhorias na produtividade. Este ultimo meu caso. Preciso urgente um magic trackpad:-)

Para mim, a novidade que mais agradou foi o Full Screem. A sensação de imersão é ótima e ajuda muito na concentração. Você foca na atividade que esta fazendo sem ficar desviando o olhar para o ícone do Mail, Twitter, Facebook e companhia limitada. Pena que nem todos os softwares possuem ainda. O número deles estão aumentando, mas acredito que ainda vai demorar um pouco para usar o Ableton Live e o Reason em modo full. Mas já rola o GarageBand tranqüilo. Para mim, a função que realmente vai fazer a diferença na hora de produzir música no computador é esta. Aproveitando toda a tela para visualizar pistas, organizar paralelamente plugins e outros softwares é uma super mão na roda.

Mas a parte triste de tudo isso é que o desempenho ficou péssimo. Antes de instalar o Lion, vi em alguns blogs que o novo sistema da maçã é mais pesado que seu antecessor. Mas não imaginei que o desempenho ficaria tão prejudicado. Estou convivendo com travadas constantes do Safari, uma inicialização do Ableton Live terrivelmente lenta e um iPhoto '09 meio quebrado; entre outros percalços menores.

Mas como criei um DVD do OS X Lion antes de instalar, vou fazer uma instalação limpa, e vê se esses probleminhas são resolvidos.

Mas enfim, qual a resposta para a questão: pode-se fazer o upgrade tranquilo? é sim. Apesar de ter enfrentado algumas instabilidade, o novo sistema é ótimo e trás novas ferramentas que aumentam ainda mais a produtividade, além de uma polida na interface. Por incrível que pareça, a interface o OS X está ainda melhor, apesar de ter estranhado um pouco o tom mais claro de cinza.

Mas a dica que fica é: faça o DVD ou pendrive de instalação para uma reinstalação limpa caso algo sair errado.

Meus softwares usados para produzir música funcionaram todos, sem quebrar nada, mesmo com um inicio lento, o Live não sofreu tratamentos. Mas não custa dar uma pesquisada para saber seu DAW, plugins, VSTi, são compatíveis. Normalmente quem não tinha problemas com o SL não terá no Lion.

Mas se por acaso um grande studio, ou até mesmo alguém mais precavido quiser manter o Snow Leopard, não estará fazendo nenhum absurdo. Os sistemas operacionais da Apple são muito bem feitos, e mesmo após 2 anos, o Snow Leopard  continua em plena forma, mantê-lo por mais 2 anos não é má ideia.

O upgrade é barato e facil. Para usuários de Time Machine, não há motivos para temer o Leão na sua Digital Audio Workstation. Experimentar o OS X Lion ou ficar com SL é questão simplesmente de gosto.



Nota: após a instalação limpa, o OS X Lion ficou redondinho.


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